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Clik here to view.Quando eu imaginava – e sonhava – com a minha primeira viagem à Paris, o lugar que eu mais desejava conhecer era a casa de Monet. Nem Torre Eiffel, nem Louvre: se eu fosse a Paris e não conhecesse os famosos jardins do pintor em Giverny, a 70 km da capital francesa, não teria valido a viagem.
Comecei a estudar pintura aos 12 anos, influenciada pela minha mãe que estava fazendo um curso e adorando. Logo que começamos a conhecer melhor os pintores e comprar livros, Claude Monet se tornou nosso favorito. Conhecemos tudo sobre ele através dos livros. E em uma dessas visitas à livraria, voltei com o “Linéia, no jardim de Monet”: um livreto para crianças que fala da ida da menina Linéia à casa do pintor. Super explicativo, com várias fotos e ilustrações, me fez criar o sonho de ir à casa em Giverny e conhecer seus famosos jardins. Eu tinha 13 anos.
Um pouco sobre Claude Monet (1840-1926): é o mais importante pintor impressionista. Aliás, o movimento recebeu esse nome graças a um quadro seu, “Impressão – Sol Nascente”, pintado em 1872. Na verdade os críticos não gostaram: parecia uns borrões, diferente do que se via na época, quadros que retratavam fielmente o motivo pintado. Nascido em Paris, de família modesta, desde cedo quis ser pintor, mas ninguém o apoiava. Uma tia sua – Marie-Jeanne Lecadre - que o ajudou (ela era pintora também), incentivando-o a fazer cursos. Ele chegou a estudar pintura na Universidade, mas largou por não gostar do estilo tradicional acadêmico. Ele foi um pintor que conseguiu vender seus quadros ainda em vida, portanto isso o ajudou a comprar a casa em Giverny, sua última morada, reformá-la e também alguns terrenos em volta. O jardim foi sua fonte de inspiração para centenas de obras e basta conhecer para entender o porquê.
A casa e o jardim da Normandia (ou Clos Normand) são um charme: tem o tamanho ideal e aquela impressão de simplicidade e bem viver. Pena que não é permitido tirar fotos dos cômodos da casa (nesse site mostra um pouco como é a parte interna) porque eu queria registrar cada detalhe! Eu moraria ali num piscar de olhos!
O vilarejo de Giverny, na Normandia (a mais ou menos 1h de Paris), também é uma graça: ruas estreitas, casas de pedras, muitas flores, um cenário bucólico. Para sair da casa de Monet você passa – é claro – pela lojinha, que foi seu atelier. É possível comprar as sementes de algumas flores e plantas do jardim. Na rua em frente à casa, há uma outra loja, só com coisas de motivo floral, super feminina; recomendo que guarde um tempo para visitar essa, que é até melhor do que a do próprio museu.
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E aqui estou eu, tendo a chance de mostrar e dizer para um número de pessoas muito maior que minha família e amigos próximos, a experiência que foi conhecer esse lugar. Estou colocando meu emocional todo à prova: primeiro ao pisar lá e agora, para escrever esse post. Ao longo dos anos a gente sonha muita coisa que acaba se perdendo conforme a vida nos leva: novos sonhos e vontades aparecem, os antigos ficam esquecidos, muitos sem terem sido realizados. Mas foi chegar em Giverny, que tudo veio à tona e eu parecia ter 13 anos de novo.
Mais do que obras, Monet deixou seus jardins e flores para nos inspirar.
Passeio Jardins de Monet: várias agências em Paris oferecem esse passeio, eu escolhi a Cityrama e fiz, no mesmo dia Palácio de Versalhes também, mas há a opção só de Giverny em um dia (geralmente com algum museu com obras de Monet, como Orangerie). Custou 155 euros e inclui um almoço. Aconselho para quem tem tempo, fazer um dia Giverny e outro Versalhes, pois fica meio corrido, principalmente em Versalhes.